O FUTURO PRESENTE
Postado em 03/09/2012

 O FUTURO PRESENTE

O termo “prospectivo” está formado da mesma maneira que o termo “retrospectivo”; ambos se opõem na medida em que o primeiro expressa que olhamos para frente e não para trás. Um estudo retrospectivo se dirige ao passado e o prospectivo para o futuro.

Estes dois adjetivos não são simétricos, pois tendemos de maneira habitual a representar o tempo como uma linha em que o passado e o futuro correspondem às duas direções possíveis. Na realidade, o ontem e o amanhã são heterogéneos. Em quanto ao primeiro, só podemos visualiza-lo porque já não há nada que possamos fazer, o segundo “amanhã” significa projetos cujas possibilidades estão abertas. Passar da retrospectiva para a prospectiva não implica só reorientar a atenção; requer uma preparação para a ação. 

Nas palestras que faço, acostumo afirmar que nos anos 70, o importante era “conhecer o passado”, era a época da ditadura, quem conhecia o passado de alguém podia saber e prever o que faria. Nos anos 80-90, o importante era “conhecer o presente”, era a época dos over night. A partir de 2008, você pode “conhecer o passado” e “conhecer o presente” e mesmo assim pode dormir rico e acordar pobre. Uma nova questão abalroou o ser humano. A questão “conhecer o futuro”. 

Surgiram nos EEUU cursos superiores de Futurologia cientifica, o prospectivismo. As grandes empresas contrataram futurólogos como assessores “higt tech” para orientar seus planejamentos e investimentos.

Nos anos 60, surgiu França o gênio de Gaston Berger, futurólogo – prospectivista, iniciava então uma nova corrente filosófica – cientifica – metodológica chamada de “PROSPECTIVISMO”. 

Uma das questões que mais fascinou o ser humano ao longo da historia tem a ver com os segredos e mistérios do FUTURO. O desejo de conhecer – prever – imaginar – inventar o futuro é tão velho como a própria espécie humana. Há três maneiras de interpretar o futuro:

O FUTURO COMO PRODUTO DA MAGIA. Como adivinhação. Principalmente na idade media os magos e feiticeiros tinham o privilegia de pensar “o futuro”.

O FUTURO UNIDIRECIONAL. Surgiu nos tempos modernos com apoio da matemática e a estatística.

O FUTURO POLIFACÉTICO E HUMANISTA. O futuro dependendo da ação humana. O Prospectivismo, sob a inspiração de Gastón Berger. Todas as ciências fazem parte da nova linha de investigação. Urge imaginar – analisar – ver o futuro. O ser humano chegou ao ponto “ômega” (Teilhard de Chardin) e precisa – necessita de encarar o futuro.

HOJE, diria e afirmo há um “ecletismo” nessa linha inaugurada por Berger. 

Desde tempos imemoráveis o futuro foi objeto de estudo. A Bíblia foi o primeiro livro prospectivo. Os conceitos de “terra prometida”, “o novo céu e a nova terra”, a visão joanina do escatos grego, são conceitos bíblicos. Os essênios, que deixaram pergaminhos sobre o futuro, desenvolveram a alquimia essênica que apregoava a criação do futuro. Kant, Hegel e outros mestres debruçaram-se sobre o tema. Jung inaugurou a “necessidade de caminhar” para o futuro como função terapêutica. Ao contrario de Freud que afirmava os sonhos serem “retrospectivos”, Jung afirmava serem “prospectivos”. Lacan afirma a figura paterna como aquele que direciona o futuro. A superação. 

A futurologia ou o Prospectivismo, tornou-se cientifico, terapêutico, estratégico, empresarial, sociológico, uma questão de sobrevivência. 

Na ANPC, desde 2005, desenvolvemos estudos nas “quartas feiras” sobre esse tema. Filosofia – Psicanálise – Teologia – Simbologia foram ciências tratadas e esmiuçadas.

Lançamos a sistematização do “prospectivismo” como método e técnica terapêutica na psicanálise – PSICANÁLISE PROSPECTIVA. E fomos mais além. Atualmente lançamos a ALQUIMIA MESSIÂNICA como curso envolvendo Teoria e Técnicas utilizáveis não só na terapia, como na vida pessoal, na empresa, na estruturação da caminhada atual. Envolve profundos estudos de Códigos, códigos matêmicos, e experimentamos sua viabilidade com profissionais, empresários, políticos, terapeutas, psicólogos e médicos.

Sem sombras de duvidas, podemos afirmar que todas as ciências, as filosofias, religiões, terapias, políticos, empresários estarão mergulhados no prospectivismo, como uma necessidade de superação. De ver a luz no fim do túnel em que todos estamos. Que alias, não é uma luz, é ato criativo humano. Está lá. Senão estiver, posso criar para que, em chegando, esteja lá ao chegar. O ano de 2014 será o ANO DA ALQUIMIA.

Dionisio Fleitas Maidana

Filósofo – Psicanalista – Teólogo – Alquimista  

 


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